Já começam a pensar
em aumentos para 2008...mas não é de ordenados...é só de preços! Este país é incrível, eu diria mesmo, um espectáculo!!!
Artigo retirado do DN:
"É uma característica do novo milénio: nunca como nos últimos anos a vida dos consumidores foi tão afectada pelo que se passa nos mercados financeiros. O petróleo renova máximos, os custos energéticos sobem. A procura por bens agrícolas aumenta, e os preços dos alimentos dispara. As taxas Euribor reagem em alta aos problemas no mercado de crédito e as prestações para pagar a casa aumentam. O ano que agora termina foi marcado pela crise financeira, que começou nos EUA. Já 2008 deverá confirmar a trajectória de subida das matérias-primas, com o prolongamento da crise de liquidez a poder ter consequências graves para o crescimento económico mundial. No meio de tudo isto, a inflação crescente está a deixar os bancos centrais de mãos atadas para contrariar a força das tendências nos mercados financeiros.
O próximo ano está a ser dos mais difíceis de antecipar para os profissionais dos mercados financeiros. A incógnita tem a ver com as dificuldades de liquidez que os bancos estão a enfrentar. Mas uma coisa parece relativamente consensual: as matérias-primas não vão parar de subir, com reflexos nos bens de consumo correspondentes. O petróleo, o ouro, o cobre ou o ferro vão aumentar as despesas de consumidores e empresas. No entanto, é a subida dos bens agrícolas que promete penalizar ainda mais a vida dos consumidores.
"Os ciclos nas matérias-primas são muito longos, perto de 20 anos. No caso dos bens agrícolas, já vamos com quatro ou cinco anos de subidas, ainda falta muito até este ciclo terminar", explicou ao DN José Cantiga Esteves, analista da consultora Ephi - Ciência Financeira. "O trigo e o milho são os que mais potencial têm de subida, devido à forte procura não só no consumo primário, mas sobretudo na produção de biocombustíveis", acrescentou.
O crescimento das economias emergentes - China, Índia, Brasil ou Rússia - dá sinais de permanecer acelerado, motivando uma forte procura por matérias-primas que alimentem esse crescimento. Do outro lado, a produção continua limitada e demorará algum tempo a conseguir responder na plenitude à forte procura. "É inevitável que bens alimentares como o pão, o leite e outros sofram um aumento em 2008. E até espanta que a inflação não esteja já mais alta", resumiu."
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