O rato, foi mesmo uma invenção de génio?
O QUÊ?... SEM RATO?
Não consegue imaginar-se a utilizar um computador sem rato, pois não?
Hoje em dia, a utilização deste periférico é algo de tão profundamente enraizado nos nossos hábitos diários que nem nos damos conta da sua importância... até que se avarie e demonstre a nossa total impotência para realizar a mais simples tarefa.
QUEM INVENTOU?
O responsável pela invenção do rato foi Douglas Engelbart. Nascido nos EUA em 1925, começou a sua carreira como técnico de radares durante a Segunda Guerra Mundial, altura em que já manifestava interesse em desenvolver mecanismos de interacção entre homem e máquina tão simplificados que praticamente se considerariam extensões dos nossos sentidos.
«RATOS PARA QUÊ? JÁ TEMOS CARTÕES PERFURADOS...»Num tempo em que se recorria aos cartões perfurados para operar os raros computadores então construídos, as extravagantes ideias de Engelbart não foram acolhidas com grande entusiasmo pelos seus pares. Foram necessários pelo menos 10 anos para que os EUA, compelidos pelo perigo de uma ultrapassagem tecnológica soviética, concedessem ao investigador o financiamento indispensável para colocar as suas teorias em prática.
O MOMENTO DE GLÓRIA
Foi assim que, em 1968, o esforço do seu trabalho culminou numa demonstração genial do novo equipamento. Perante uma audiência atónita, Engelbart, equipado com um microfone e auscultadores, apareceu num ecrã gigante colocado no audítório, e, de uma só vez, apresentou várias tecnologias que viriam a definir os computadores do futuro: o rato e cursor para selecção no ecrã, teleconferência em ecrãs partilhados, ligações por hipertexto, processador de texto, sistemas de ajuda contextual e um ambiente de trabalho em janelas.
PORQUÊ "RATO"?
Inicialmente, o rato não passava de uma pequena caixa de madeira com um único botão. Chamava-se "Indicador de posição XY para sistemas de visualização" - era de facto preciso um nome mais pequeno. Segundo Engelbart, a designação surgiu porque o cabo - o "rabo" - saía pelo lado oposto.
UM VERDADEIRO GÉNIO
Passados 30 anos, este dispositivo pouco mudou em aspecto e funcionalidade, prova absoluta da genialidade da invenção de Engelbart. Era um homem verdadeiramente à frente do seu tempo - as suas criações tiveram de esperar até aos anos 80 para se verem transformadas em produtos comerciais.
Actualmente, a empresa de consultoria liderada por Douglas Engelbart tem sede num espaço exclusivo do edifício da Logitech, que a companhia cedeu gratuitamente. Afinal, é o mínimo que podia ter feito a maior produtora mundial de ratos para computador.
Diário Digital
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